Sábado, dia de pensar, ler e avaliar sobre a nossa paixão, o Vasco.
Como de costume abro os jornais e começo a ler as notícias. Uma reportagem que despertou o meu interesse, foi a que li no Jornal "O Lance", que falava sobre a licitação realizada pelo Clube dos 13, referente a venda dos direitos de transmissão dos jogos do campeonato brasileiro e taça Brasil, no período de 2011 a 2014.
Não conheço ou até posso dizer que nós não conhecemos o teor dos termos da licitação e nem tão pouco o valor das propostas e o conteúdo do contrato. Daí, entendo que deve ter algo de errado.
Primeiro, temos que admitir que, a forma com que foi tratado o negócio está totalmente errado. Por quê? Ora o movimento de dissidência não deveria ser de alguns clubes, mas sim de todos. Por exigência do Órgão do Governo, foi aberta licitação para a venda dos direitos. A exigência tem seu motivo de ser, pois o que tínhamos era um processo fechado, que só favorecia a uma empresa, que determinava os horários dos jogos sem levar em conta os interesses dos clubes e de seus associados/torcedores. Inadmissível. O que era mais importante para a empresa em questão era sua programação. O documento licitatório deveria ficar à disposição dos interessados para sua retirada conforme interesse de cada um. Normalmente, os interessados têm que cumprir exigências de documentação e caução.
Na verdade, o que vemos é uma panacéia onde não existe o menos sigilo pré-licitatório, onde não existe o sigilo, a licitação deve caducar, pois não faz parte da licitação essa discussão torpe. Está tudo errado!
Essa questão de valor fechado sem conhecimento das mandantes não cheira bem. Em geral, na licitação, se tem o primeiro, o segundo, e o terceiro colocado. É de praxe que se o primeiro desistir da licitação, o ganhador deve ser o segundo, arcando a primeira com a diferença, a título de penalidade. Não vemos nada parecido.
Por que os clubes têm que aderir se os direitos são deles? Outra barbaridade...
O que ocorre é um vício licitatório, tudo em detrimento dos clubes, em favor das emissoras.
O movimento de dissidência deveria ser iniciado pela imposição dos clubes aos dirigentes do Clube dos 13, fazendo valer seus direitos.
É claro que haveria um movimento entre as emissoras para sabotar a licitação. Isso foi possível pela irresponsabilidade do Clube dos 13 e pela omissão dos clubes. Acho que caberia a intervenção do Ministério Público e do CADE, em conjunto, para apurar esses fatos estonteantes.
Feito essa explanação, estarão perguntando os vascaínos: O que tem isso a ver com as eleições? É simples. Nos deparamos com um descaso dos dirigentes que não submetem uma agenda positiva para defesa dos interesses do Vasco. Só ouvimos falar do Vasco quando é mencionada a dissidência ao que deve ao Clube dos 13, onde está sendo estudada uma possível execução. Segundo essa mesma reportagem, os únicos clubes que devem são Botafogo e Vasco. O critério do Clube dos 13 é originário de aval à empréstimos realizados pelo Vasco na rede bancária, em que se configura uma garantia indireta. Levantamos a seguinte hipótese: O Vasco não adere ao novo contrato. Este não paga a dívida ao banco sendo acionado pelo banco. O clube continua devedor, sendo acionado pelo banco. O clube não pagando o banco, este aciona o Clube dos 13. O Clube dos 13 paga a dívida, acionando após o Vasco, que não pagando novamente. O que acontecerá? O Clube dos 13 irá penhorar algum bem do Vasco.
É um absurdo, se o Vasco queria sair do Clube dos 13, teria que fazer um acordo de pagamento para depois exercer seu direito inalienável de se retirar do Clube dos 13. Essa é a forma correta, porque não se faz o correto? Para terminar, cabe ao associado do Vasco fazer pressão sobre a Diretoria, para tomar conhecimento dos fatos. Não se pode interferir na discussão, pois é um ato discucionário da diretoria, mas satisfação eles têm que dar.
É isso aí pessoal, olho sempre aberto!!!
A Virada Vascaína
Nelson Medrado Dias
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